“Explore-se”
Em algum momento já se perguntou o quanto conheces de ti mesmo?
Se somos na verdade muito daquilo que fazemos de tudo aquilo que nos acontece, que tal fazer multiplicar os momentos de prazer absoluto e intenso?
Nesse sentido imagina algo com maior possibilidade de êxito quando está em viagem?
Pouco possível que não…
Sair do ponto A para o B e viver tudo aquilo que a distância dos dois propicia tem a mesma proporção das doses de adrenalina estrategicamente depositadas no coração agradecido de tantos minutos bem vividos.
E quantos e quantos homens não singraram mares arriscando a própria pele ávidos pela descoberta do conhecimento do desconhecido?
Pelo Mar tudo é mais bonito.
Percebes o quanto é inexplicável a sensação que sentes ao navegar?
Explicaria a vida no ventre por alguns meses envolto a líquido o prazer que sentimos diante da água?
Na verdade, existe uma química quase perfeita nos elementos que contém a paisagem do oceano, com as nossas ambições na constante busca pelo conhecimento.
Sim, tem Sol de aquecer e por vezes pecar pelo exagero de fazê-lo.
Tem água de não se beber, mas de se banhar da forma mais deliciosa.
Se a sede da boca não matas, com certeza eliminas a sede da alma.
Curte cada minuto a ti apresentado de maneira tão especial. Vento ao rosto, o som do barco que rasga a água dividindo-a quase que milimetricamente e o horizonte que se define a cada nova milha avançada.
Percebes o que é na realidade?
Começas a entender o sentido de se redescobrir?
No caminho que te leva na direção do Sol, a verdadeira viagem pra dentro de ti.
Dias somados aos teus inesquecíveis, que vais guardar em fotos na parede, em vídeos na galeria e lembranças no coração, marcados definitivamente na alma.
Dias que fazem de manhãs e noites uma mesma coisa, com a diferença que jamais viu estrelas em quantidade abundante com as que te permite o mar.
“Homem ao Mar”
Decerto que já ouviste isso, porém não da forma que era utilizado.
Ao Mar, os homens…
Ao Mar os humanos, os que ainda tem sangue a correr bem quente nas veias, os que não medem a busca pelo prazer e pela realização, os ávidos por aventura.
Mares foram feitos para serem atravessados e para que nunca mais quem o fez possa voltar a ser o mesmo ao voltar a terra firme.
Do “homem ao mar” que mudou o sentido” a “Terra a vista” intacta hoje como na felicidade dos que a encontravam há séculos.
Eis o sentido.
(Roney Altieri)